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Graf Guimarães
Graf Guimarães 14 de abril de 2014
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Estudo científico sobre alopecia: Dudasterida X Finasterida

A Dra Christine Graf Guimarães nos informa a respeito do recente estudo publicado, que muda a conduta sobre uso de medicamentos para alopecia. “O estudo publicado na edição de março do Jornal da Academia Americana de Dermatologia, provoca uma necessidade de revisão do uso da finasterida como tratamento de escolha para a alopecia androgenetica masculina, já que demonstrou uma eficácia superior da dudasterida em relação a finasterida e com a mesma proporção de efeitos colaterais, ao contrário do que se pensava”, conta a médica.

O estudo chama-se: “A randomized active and placebo-controlled study of the efficacy and safety of different doses of dudasteride versus placebo and finasteride in the tratament of male subjects with androgenetic alopecia.” E foi publicado no Journal of Academy of Dermartology, volume 70, Issue 3, pages 489-498.e3, march 2014 (Estudo Randomizado, ativo e placebo-controlado da eficácia e segurança de diferentes doses de dudasterida versus placebo e finasterida no tratamento de homens com alopecia androgênica).

A pesquisa envolveu 917 homens entre 20 e 50 anos, com alopecia androgenética. Eles foram distribuídos de forma randomizada em grupos e receberam dudasterida (0.02, 0.1 ou 0.5 dia). Finasterida 1mg dia ou placebo por 24 semanas. Após 24 semanas, foi feita a avaliação para ver se houve mudança no estágio de calvície e efeitos colaterais. Foi realizada a contagem dos fios em área de 2.54 cm diâmetro, espessura dos cabelos e comparação fotográfica. “Os resultados mostraram que a contagem e a espessura dos cabelos aumentaram com a dudasterida, conforme dose usada”, explica a Dra Christine. A dudasterida, na dosagem de 0.5mg dia, aumentou significativamente a contagem dos cabelos, espessura e crescimento capilar em comparação com a finasterida. (P=.002) e com placebo (P<.001). Conforme conta a dermatologista, o número e severidade de efeitos colaterais foi semelhante entre grupos de tratamento. “Neste estudo, a dudasterida 0.5mg foi estatisticamente superior à finasterida 1mg e placebo”, conta.

A alopecia androgenética é causada pelo efeito da diidrotestosterona no folículo. A testosterona é convertida em diidrotestosterona pela enzima 5 alfa redutase. A 5alfa redutase existe com 3 isoenzimas, tipo 1,2 e 3. A tipo 1 está presente na pele, inclusive cabelos e glândulas sebáceas e a tipo 2 está presente na genitália masculina, inclusive próstata, mas também na bainha radicular interna dos folículos pilosos. A finasterida é uma inibidora da 5 alfa redutase tipo 2 e a dutasterida é inibidora da 5 alfa redutase tipos 1 e 2. Além deste, diz Christine, outros dois estudos anteriores mostraram a superioridade de eficácia de dudasterida sobre a finasterida.

Entrevista da Dra Christine Graf ao Informativo Trimestral da Dermatologia Paranaense, O Pinhão – Ano XVIII, n 77 março de 2014.

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